sábado, 27 de março de 2010

Os 5 empenos outra vez...

Mais um ano, mais uma mudança de hora e mais uma edição dos 5 empenos. As coisas boas acontecem sempre às 3 de cada vez.
Este ano fomos 12. Faltaram uns quantos habituais (por impossibilidade) mas vieram muitos novos. Entre eles o Luís Filipe e o Eduardo da Sertã, o Pedro Mendes de Aveiro e o Bruno e o António de Leiria e o Filipe de Oleiros. Sejam bem-vindos e ainda bem que o fizeram. Os já habituais Alex, Gilberto e Valter, Nuno Gomes e Jerónimo também compareceram.

Este ano e como a organização não o fez, o Jerónimo resolveu oferecer o pequeno-almoço. Pôs então a mesa à porta de casa e ofereceu jesuítas (bolo típico de Santo Tirso) e vinho do Porto a todos os presentes.

Um brinde aos 5 empenos

Em boa hora o fez, porque este ano o percurso tinha algumas alterações; no início e no fim (mas não tantas quanto as desejadas). Os dois primeiros empenos foram alterados (e não ficaram mais fáceis, digo eu).
O primeiro empeno começou bem cedo. Ainda mal tinha havido tempo para aquecer os músculos, mas homem que é homem não se nega a uma subidita mais inclinada. Durante este primeiro empeno fomos brindados com uma valente inclinação que nos levou dos 230 aos 450 metros em pouco mais de um quilómetro, o que é sempre bom, só para dar uma ideia do que aí vinha.



Vencida a primeira dificuldade, a animada conversa inicial regressou. Seguimos então por um caminho florestal durante algum tempo que serviu como preparação para o segundo empeno. Este consistia em subir a serra da Longra, por uma das muitas hipóteses oferecidas. Também esta bastante inclinada e para ajudar à festa, estava coberta com caruma. O pessoal foi-se dispersando subida acima. À medida que se ia chegando ao topo, ia-se lavando a vista enquanto se esperava pelos outros.



As descidas sempre rápidas quase não dão para recuperar e rapidamente se encontra a subida seguinte. Nem todas são empenos, mas aos poucos vão fazendo mossa. Aliás é o que caracteriza esta zona, a palavra rolar aqui não se enquadra, ou melhor enquadra-se na perfeição, uma vez que o único local onde isso é possível, é mesmo só no rolo.



Rapidamente chegámos ao Marmeleiro onde fizemos uma pausa na fonte para abastecer os bidões e o bucho. Daí passámos na localidade de Cortes (terra natal da minha mãe) e dirigimo-nos até à Azinheira, onde nos esperava o já conhecido carreiro à beira da ribeira.








Iniciou-se a subida para a Cabeça do Poço com a esperança de que o sr. Abílio estivesse em casa, à semelhança de 2008. Principalmente o Valter, parecia ser o que mais sentia a falta de tal reforço alimentar. Para nosso azar, e à semelhança do ano passado não se encontrava ninguém em casa. Foi com algum desalento que se iniciou a subida para o terceiro empeno. A besta lá estava à nossa espera. O terceiro empeno é o maior em extensão, sendo ao mesmo tempo bastante inclinado, o que cansa e de que maneira. Apesar disso quase todos o fizeram sem desmontar. O mesmo levou-nos ao centro geodésico de Portugal e que se situa em Vila de Rei.






A paragem seguinte foi em Vila de Rei onde se comeu qualquer coisa como deve ser. Após atravessarmos a parte antiga da vila, saímos da mesma por uma calçada romana bastante molhada e escorregadia. Dirigíamo-nos à bonita cascata do Escalvadouro. A segunda parte do passeio era um pouco mais curta e substancialmente mais fácil. Só faltava um empeno para vencer.




A chegada à ponte das Charcas fez-se a grande velocidade como é habitual, através de uma descida com bom piso, que convida mesmo a que nos estiquemos um bocadinho. A seguir esperava-nos o último empeno do dia. É sempre engraçado ver a reacção que este provoca nas pessoas, tal a sua inclinação.






Aproximávamo-nos rapidamente do final, que se fez por uma descida muito inclinada também,até à Sertã.



Após os banhos fomos jantar no sítio do costume, o restaurante Ponte Velha e daí todos rumaram a casa, bem quase todos, o Jerónimo ficou para Domingo e a noite prolongou-se. Digamos apenas que não necessitámos das luzes do carro para chegar a casa.
Quando no Domingo à noite chegou a Santo Tirso, ficaram os 5 empenos mais uma vez concluídos, e bem.
Um obrigado ao Jerónimo por acrescentar sempre uma parte cultural à coisa, da qual deixo uma pequena amostra;

Muito obrigado por 4 empenos visíveis e palpáveis
E um outro que nos persegue estranhamente
Interioriza-se nos músculos, cria-nos movimentos instáveis
Apoderando-se do corpo quando este deixa de estar quente

Muito obrigado por cada um de nós saber
O que leva um grupo de amigos
A querer ainda mais deformar e ou torcer
Um corpo já cansado de tantos castigos

Muito obrigado por teres inventado o passeio dos 5 empenos
Equivaleu-se a uma viagem por qualquer planície
Não estou a dizer que foi fácil, nem pouco mais ou menos
Mas ao lado dos amigos nunca se torna uma chatice
-Jerónimo-

Obrigado eu

3 comentários:

Hernâni disse...

Tive imensa pena mas não deu para participar pois estava no estaleiro a recuperar do tralho :))
Fica para a proxima.

Kemp disse...

Já que neste não foi possível espero marcar presença no próximo!

Michel Schanuel Girardi disse...

Grande report! Cenários magníficos! Deve ser um sonho pedalar por paisagens tão bonitas! Parabéns por mais este grande evento.

Boas pedaladas!

PS.: Hernâni, dá próxima vez não invente quedas, trate de ficar inteiro para poder acompanhar os amigos! rsrs